terça-feira, 28 de setembro de 2010

Violentamente Pacífico - RAS Mc Léo Carlos



É isso aí minha gente...
a comunidade se organizando com criatividade, responsabilidade e criticidade!!!

Viva a sociedade no exercício da cidadania!!!

Carta aberta à democracia....

Reflexão sobre o voto de protesto...

Muitas pessoas continuam me falando e tentando me justificar do voto de protesto, sendo ele o NULO, BRANCO, TIRIRICA ou a "Mãe do Badanha" e etc, porém a cada justificativa individual e muitas até, diga-se que, com extremo fundamento fico pensando em refletindo na argumentação que cada pessoa me faz para atingir a essa atitude. Logo, em meio a tantas reclamações do votar obrigatório, do chamado para ser mesário, entre outras me pego no dever de fazer uma reflexão em cima dessas inquietações que urgem ao findar o processo de campanha política. Dever que tenho, como todos, de refletir e REpensar na sociedade que vivemos.

As pessoas criticam todos os políticos que estão no governo, que estão se candidatando novamente, reclamam dos políticos que possuem ficha suja, mas votam nas mesmas pessoas, ou ainda "dizem" que estão revoltados e descontentes com tudo que acontece e na hora de votar dizem que votam como protesto...

Não consigo entender uma sociedade que reclama mas que não vai a luta para mudar a realidade. E ir a luta não significa apenas ter que sair às ruas, pintar a cara e reivindicar algo...ir a luta é bem mais amplo. É ter participação comunitária e social. É participar da sociedade como cidadão efetivo, ir na associação do bairro, ir no conselho da unidade básica de saúde, no sindicato, no conselho municipal de saúde, na organização e até na reunião de família, por que não?!
Ir a luta é ter opinião política, é ser crítico e ter plena consciência de decidir entre um e outro candidato tendo, após isso, que permanecer por 4 anos verificando se ele está cumprindo o que prometeu em campanha...

Pois é, creio que aqui é que está o problema, poucos, pouquíssimos eleitores acompanham os mandatos e menos ainda cobram dos mesmos as promessas de campanha. Omitir-se do processo político por achar que pior não fica é equivocado, perigoso e mostra descomprometimento social e ético. Dessa forma, com certeza é mais fácil votar no Tiririca e deixar que o palhaço tome conta do Congresso do que votar errado e sofrer com a desilusão de ter acreditado em alguém.

Com total certeza, também, é mais fácil se otimir em participar do processo de votação do que pesar na consciência as escolhas realizadas no processo eleitoral que acarretam em mudanças em toda a sociedade.

Faço votos que as pessoas tomem posições, apenas tomem posições... posições essas... CERTAS OU ERRADAS no decorrer do mandato vamos vendo, mas que tenham opinião e criticidade de decidir alguém, entre tantos, alguém que contemple seus anseios.

Alimento algumas ilusões, a democracia participativa e eficiente é uma delas, porém só teremos isso quando cada CIDADÃO FOR CONSCIENTE do SEU PAPEL na sociedade, sendo um SUJEITO, ATOR e não mero telespectador da vida e do mundo em que vive.

Assim, talvez seja uma utopia pensar que a sociedade reflita e pense com seriedade na importância da votação em nosso País, contudo parabenizo, desde já, os sujeitos que fazem desse processo político um exercício de cidadania, que votam, que são mesários, que se candidatam e colocam sua cara a sua vida à mostra e a todos que lutam verdadeiramente para melhorar esse imenso território Brasileiro. Essas pessoas, talvez sejam utópicas, mas lutam por uma sociedade melhor, mais justa, mais igualitária e com respeito, fazendo a diferença ou não o que realmente importa é ter ideais e não deixar de lutar.

Conforme falou a jornalista Susana Espíndola, "o silêncio dos homens honestos é o adubo perfeito para o crescimento de oportunistas, empreguistas, ladrões e traficantes de influência", sendo esse "silêncio" de muitas pessoas o que mais me preocupa e decepciona em tempos tão conturbados.

Há braços com a democracia!!!

Michele Meneses

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

OS INDIFERENTES - Gramsci

Um texto digno de reflexão para a importância do posicionamento na época eleitoral...

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel, acredito que “viver significa tomar partido”. Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da História. É a bala de chumbo para o inovador e a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca.(...)

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. (...).

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

Há braços revolucionários,

Michele

De Cacareco a Tiririca





terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pedágios: Dominação do direito de ir e vir

As concessões das estradas feitas pelo governo em que a concessionária é delegada para ressarcir custos de construção e manutenção de uma via de transporte, resultando com isso nos PEDÁGIOS.

Para essa questão das concessões trago alguns exemplos das notícias dessas últimas semanas dos jornais de maiores circulação no RS, em que a Ecosul quer devolver trechos de rodovias ao Governo Federal, estando disposta a abrir mão dos trechos entre Pelotas e Jaguarão (BR-116) e entre Pelotas e Bagé (BR-293), ficando, com isso, esses trechos novamente sob responsabilidade Federal.

Talvez, ela estaria devolvendo esses trechos pelo pouco retorno financeiro? refletindo...a BR-293 não há praça de pedágio, porém a empresa tem o dever de realizar a manutenção da rodovia, bem como prestar seus serviços a todos usuários que ali trafegam.

Ainda, percebo na prática diária que a manutenção das rodovias pelo preço que nos é cobrado (R$ 7,20) deveria ser de "extrema excelentíssima qualidade", mas ultimamente não tenho visto nenhum trecho em todas as praças que não necessite de manutenção, reparo e colocação de produtos (asfalto) e sinalização de melhor qualidade.

O interessante também é que o tema da cobrança abusiva de pedágio não se vê na imprensa local, identificando mais uma vez que a empresa não obtém apenas o monopólio das estradas, mas também da imprensa, comércio e etc.

Acredito que o DIREITO de ir e vir de qualquer cidadão, que é DEVER do Estado é retirado a medida em que são colocados pedágios e empresas iguais a ECOSUL nas estradas do BRASIL, podendo até ser comparado com o "mocinho dono do bairro" (traficante) que obriga as pessoas a pagarem para entrar na favela a ECOSUL obriga os cidadãos a pagarem a cada vez que passam em SUA estrada, tendo como única diferença do "mocinho" ser legalizada pelo Governo!!

Assim, realizando uma reflexão com nosso histórico de sociedade brasileira, o povo, como já dizia Caminha há 510 anos atrás: "é um povo pacato..". E trocando um pouco a letra do Hino Riograndense "Um povo sem virtude acaba por ser.. ..pagador de pedágio!"

Há braços esperançosos!!!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Abordagens pedagógicas de EAD e aprendendo a aprender a distância.

As abordagens pedagógicas da EAD são fundamentadas nas teorias do comportamentalismo, cognitivismo e construtivismo. A teoria do comportamentalismo é baseada no “repasse” de informações aos educandos, como um “depósito” de conteúdos escolhidos exclusivamente pelo educador, tendo uma sequência de estudos linear, atividades prédeterminadas e guiadas, ainda, possuindo método específico e rigoroso de avaliação, desconsiderando todo o processo de aprendizagem, sendo o estudante mero expectador do processo de aprendizagem, ou seja, uma participação totalmente passiva que se obriga a adequar em adquirir os comportamentos e habilidades necessários para compreender o conhecimento que lhe é apresentado o qual visa ao progresso do aluno.

Na teoria cognitivista, há um estímulo no desenvolvimento de mecanismos intelectuais, promovendo a reflexão e a significação dos conteúdos apreendidos, fazendo que o estudante se torne autônomo apenas no processamento das informações adquiridas sendo capaz de gerar novos conhecimentos a partir da exposição dada pelo educador, o qual tem uma preocupação em relatar as causas e origens dos fatos, porém toda aceitação dos conteúdos se dá de forma passiva.

A teoria construtivista é embasada na construção do conhecimento a partir da reflexão das experiências vivenciadas, sendo um processo que está sempre em desenvolvimento. A relação com o aprender é uma relação de sentido entre o indivíduo e aquilo que ele aprende. É uma relação com tudo que é necessário aprender para solucionar um determinado objetivo, conteúdo ou programa, sendo que o sujeito só pode se apropriar daquilo que faz sentido para ele. O conhecimento é uma construção ao longo da vida e nunca está acabado ou pronto, sendo o educando sujeito do processo, pela qual advém uma transformação ativa do ser humano.

Em vista desses aspectos já expostos, a metodologia de ensino do curso de EAD, bem como o tópico “aprendendo a aprender a distância” baseia-se basicamente em propostas construtivistas, que propõem que o estudante seja sujeito ativo na participação da construção do conhecimento, conseguindo adquirir novas técnicas e comportamentos que visem um aprendizado pleno. Também, relata que o modelo de aprender a aprender à distância depende de um nova forma de entender o processo de ensinar-aprender por parte dos sujeitos envolvidos, ou seja, estudantes, professores e tutores. Portanto, é indispensável que cada instância questione o seu papel no ensino-aprendizagem à distância, pois habilidades como interação interpessoal, compreensão das atividades, discussões e desenvolvimento de tarefas em grupos virtuais são fundamentais para o bom aproveitamento do ensino à distância.

Assim, percebe-se que a mobilização realizada no ensino à distância para que o estudante problematize e reflita seu papel dentro do processo educacional é um ponto de fundamental importância na concepção de sujeitos quem sejam atuantes em todo o processo de ensino-aprendizagem, implicando em uma postura ativa do indivíduo, ou seja, é necessário que exista mobilização do educando para que ele realmente aprenda, e com isso, possibilitando a construção do conhecimento. Logo, a relação com o aprender, ou com o saber é, portanto, uma relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo, criando sujeitos com uma nova consciência social através de uma práxis intencional e consciente, porque reflexiva, explicativa e crítica.

Da Engenharia ao Engenheiro

Por: Marcelo Sinnott
A Engenharia constitui uma atividade humana tão antiga quanto a própria civilização, mas só há pouco tempo, cerca de dois séculos, passou a ser levada em consideração; quando se verificou que tudo que o homem construía, era regido por leis matemáticas e científicas. O primeiro estabelecimento de ensino, a École Nationale dês Ponts et Chaussées, foi instalado em Paris, em 1747 e, em 1818, fundou-se em Londres o Instituto de Engenheiros Civis, com a finalidade principal de defender e prestigiar o significado da profissão. Dez anos depois, o Instituto pleiteou uma Carta Régia e, para tanto, precisou adotar uma definição de Engenharia; recaindo a escolha nestas expressões, ainda hoje consideradas clássicas e aceitas, de um dos fundadores da associação, o famoso especialista em estruturas de madeira, Thomas Tredgold: "é a arte de dirigir as grandes fontes de energia da natureza para o uso e a conveniência do homem; pelo aperfeiçoamento dos meios de produção e de transporte, tanto para o comércio interno quanto para o externo; aplicada às obras de estradas, pontes, aquedutos, canais, navegação fluvial, docas e armazéns para facilidades de intercâmbio; às construções de portos, molhes, quebra-mares e faróis; à navegação por meio de energia artificial para fins de comércio; à construção e adaptação de maquinarias; e à drenagem das cidades".


O ensino da Engenharia no Brasil. A primeira instituição regular de ensino de Engenharia foi a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, fundada no Rio de Janeiro em 1792, que é a mais antiga das Américas nesta área. Em 1812, a escola mudou-se para o histórico prédio do largo de São Francisco, construído especialmente para esse fim. Essa escola destinava-se tanto à formação de engenheiros como de oficiais de todas as armas. Em 1822 passou a chamar-se Academia Imperial Militar e, depois. Escola Militar, em 1823 foi permitido o ingresso de civis. Depois de várias reformas, em 1874 passou a chamar-se Escola Politécnica, sendo desvinculada do Exército; foram criados três cursos: de Engenheiros Civis, de Minas e de Artes e Manufaturas.

Ao longo destes quase 150 anos, a Engenharia estendeu os horizontes a pontos mais largos que aqueles já bem amplos da definição de Tredgold, através de um mundo de experiências e resultados posteriores. E o engenheiro transformou-se do antigo politécnico, de cultura geral, em moderno especialista, graduando a sua posição desde o técnico até o cientista, ganhando uma série de outros nomes: geógrafo, geólogo, de minas, agrimensor, agrónomo, urbanista, de obras navais, higienista, construtor, industrial, sanitarista, eletricista, químico, economista, metalúrgico, mecânico, automobilista, astrónomo, calculista, aeronauta, conforme receba graduação correspondente a um desses ramos do conhecimento e da técnica acima sugeridos. E sua presença cresceu em todos os sentidos: nas capitais e nos campos, no subsolo e no espaço, nas residências e nos escritórios, nas oficinas e nos laboratórios.

Define-se ENGENHARIA como o conjunto de conhecimentos e de técnicas referentes à concepção, à operação e às aplicações de procedimentos, de dispositivos, de máquinas apropriadas a determinados domínios. ( Em engenharia, tudo aquilo que é projetado, processado, construído, etc., deve sê-lo, segundo critérios de melhor técnica e mínimo custo, de forma a que o resultado, o produto, seja a solução ótima, ou a melhor otimização.)

A engenharia abrange atualmente uma gama bastante variada de atividades que envolvem os mais diversos materiais, procedimentos e técnicas de projeto e execução. Entre os ramos da engenharia está a Mecânica destacando-se entre suas atribuições o projeto, a construção e a manutenção de máquinas, instalações e sistemas mecânicos, dinâmica e controle de robôs industriais, manufatura assistida por computador, tubulações industriais, veículos, refrigeração, usinagem, ferramentas, etc.

Entre o organismos reguladores e de defesa da profissão no Brasil cabe destacar o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREAs)