Apresento um relato de experiência que foi vivenciado por acadêmicas do Curso de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em atividade desenvolvida durante a participação na Operação Grão-Pará do Projeto Rondon, em janeiro de 2008. As atividades foram realizadas no município de Pedro II no interior do Estado do Piauí. Participaram do evento um número significativo de professores da rede municipal de ensino, agentes comunitários de saúde e agentes de doenças endêmicas.
O Projeto Rondon é um projeto de integração social coordenado pelo Ministério da Defesa e conta com a colaboração da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. O Projeto envolve atividades voluntárias de estudantes universitários e busca aproximar esses estudantes da realidade do País, proporcionando uma troca de vivências de diferentes cursos e universidades distintas, além de contribuir, também, para o desenvolvimento de comunidades carentes.
O Projeto empenha-se em desenvolver a capacitação de organizações da sociedade civil na defesa dos direitos de cidadania, como também, a capacitação de educadores do ensino fundamental e médio nas diversas áreas de educação, saúde, meio ambiente, saneamento, entre outros assuntos, e ainda, orientação e capacitação de multiplicadores em saúde da família, saúde sexual, drogas, violência, atividades solidárias, esporte, lazer, nutrição e etc. A produção de textos e atendimento a portadores de necessidades educativas especiais e a organização de implantação de atividades comunitárias solidárias também são destaques no Projeto. Os voluntários preocupam-se, ainda, em orientar o desenvolvimento da agricultura familiar, auto-sustentabilidade, cooperativismo, bem como, colaborar na elaboração de projetos que atendam à infra-estrutura municipal, em particular nas áreas de saneamento básico e de meio ambiente.
As operações do Projeto Rondon têm por objetivos fundamentais contribuir para a formação do universitário como cidadão; integrar o universitário ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações participativas sobre a realidade do País; consolidar no universitário brasileiro o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais e estimular no universitário a produção de projetos coletivos locais, em parceria com as comunidades assistidas.
A partir dos propósitos do Projeto foram realizadas atividades com os multiplicadores, visando favorecer o desenvolvimento de ações educativas nas escolas e comunidades referentes: ao corpo, ao desenvolvimento, a questões de gênero, a métodos contraceptivos e a doenças sexualmente transmissíveis.
Costuma-se pensar que os pais não conversam muito com seus filhos sobre as referidas temáticas, partindo do pressuposto que esconder, fingir e negar é a melhor saída para fazer com que o filho não “descubra” ou “desenvolva” sua sexualidade, a qual por eles é considerada proibida. Nesse caso, é na escola e na comunidade que os adolescentes encontram amigos, colegas que já ouviram determinados assuntos ou mesmo já foram orientados. Com isso, aquele adolescente que não foi orientado da forma correta acaba, muitas vezes, compreendendo de forma errônea o que lhes é dito por colegas. Assim, pode se citar o caso da gravidez indesejada, onde se verifica a presença de jovens que engravidam na primeira relação sexual, pois não tiveram uma orientação adequada sobre esse assunto.
Nas oficinas, muitos educadores confessaram sentir receio em trabalhar determinados assuntos em sala de aula. Alguns disseram que o motivo é não saberem qual será a reação dos alunos, pensam que os estudantes podem não levar a sério a atividade, ou ainda têm medo de serem mal interpretados com relação ao assunto que estão tratando. Outros afirmaram que a maior preocupação é com a reação dos pais, pois a tarefa de orientação sobre sexualidade nas escolas pode ser interpretada como uma forma de estimular a prática da atividade sexual, já que muitos pais acreditam que se os filhos estiverem desinformados não irão praticar tais atos.
Com a realização desse trabalho, objetivou-se transmitir informações cientificamente embasadas e capacitar os professores da rede municipal e agentes de saúde para orientar os alunos e a comunidade em geral quanto à sexualidade. Nas atividades de capacitação, foram realizadas dinâmicas de integração e motivação, tornando-as mais divertidas e descontraídas, procurando diminuir a percepção do sexo com um tabu da nossa sociedade e encorajando os professores e agentes a trabalharem tais assuntos em sala de aula e nos grupos de prevenção.
Nosso propósito fundamental foi estimulá-los para que busquem mais informações, indo além do que foi discutido nas capacitações, e que eles se motivem para levar esse assunto às salas de aula e aos grupos. Esperamos que o tema seja trabalhado da forma mais simples possível, porque isso fará com que os alunos compreendam e aceitem o sexo como algo normal. Esses profissionais foram incentivados a preparar seus ouvintes para trabalharem os assuntos que desejam, sempre tendo seriedade e, principalmente, confiança no que estão transmitindo.
Assim, orientou-se que, primeiramente, os educadores conversem com os pais e responsáveis dos adolescentes, deixando-os a par do que será conversado no processo de aprendizado destes temas, para que eles também estejam preparados para o caso de eventuais dúvidas e questionamentos dos filhos. Os assuntos trabalhados e os questionamentos podem contribuir para facilitar ou dificultar a comunicação entre o ambiente familiar e o ambiente escolar. Com isso, todas as atividades proporcionadas deverão ser sempre verdadeiras, claras, com linguagem adaptada à linguagem que os ouvintes (adolescentes) conhecem e usam e limitadas ao que é questionado.
Descritores: Educação em Saúde, Sexualidade, Capacitação
O Projeto Rondon é um projeto de integração social coordenado pelo Ministério da Defesa e conta com a colaboração da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. O Projeto envolve atividades voluntárias de estudantes universitários e busca aproximar esses estudantes da realidade do País, proporcionando uma troca de vivências de diferentes cursos e universidades distintas, além de contribuir, também, para o desenvolvimento de comunidades carentes.
O Projeto empenha-se em desenvolver a capacitação de organizações da sociedade civil na defesa dos direitos de cidadania, como também, a capacitação de educadores do ensino fundamental e médio nas diversas áreas de educação, saúde, meio ambiente, saneamento, entre outros assuntos, e ainda, orientação e capacitação de multiplicadores em saúde da família, saúde sexual, drogas, violência, atividades solidárias, esporte, lazer, nutrição e etc. A produção de textos e atendimento a portadores de necessidades educativas especiais e a organização de implantação de atividades comunitárias solidárias também são destaques no Projeto. Os voluntários preocupam-se, ainda, em orientar o desenvolvimento da agricultura familiar, auto-sustentabilidade, cooperativismo, bem como, colaborar na elaboração de projetos que atendam à infra-estrutura municipal, em particular nas áreas de saneamento básico e de meio ambiente.
As operações do Projeto Rondon têm por objetivos fundamentais contribuir para a formação do universitário como cidadão; integrar o universitário ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações participativas sobre a realidade do País; consolidar no universitário brasileiro o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais e estimular no universitário a produção de projetos coletivos locais, em parceria com as comunidades assistidas.
A partir dos propósitos do Projeto foram realizadas atividades com os multiplicadores, visando favorecer o desenvolvimento de ações educativas nas escolas e comunidades referentes: ao corpo, ao desenvolvimento, a questões de gênero, a métodos contraceptivos e a doenças sexualmente transmissíveis.
Costuma-se pensar que os pais não conversam muito com seus filhos sobre as referidas temáticas, partindo do pressuposto que esconder, fingir e negar é a melhor saída para fazer com que o filho não “descubra” ou “desenvolva” sua sexualidade, a qual por eles é considerada proibida. Nesse caso, é na escola e na comunidade que os adolescentes encontram amigos, colegas que já ouviram determinados assuntos ou mesmo já foram orientados. Com isso, aquele adolescente que não foi orientado da forma correta acaba, muitas vezes, compreendendo de forma errônea o que lhes é dito por colegas. Assim, pode se citar o caso da gravidez indesejada, onde se verifica a presença de jovens que engravidam na primeira relação sexual, pois não tiveram uma orientação adequada sobre esse assunto.
Nas oficinas, muitos educadores confessaram sentir receio em trabalhar determinados assuntos em sala de aula. Alguns disseram que o motivo é não saberem qual será a reação dos alunos, pensam que os estudantes podem não levar a sério a atividade, ou ainda têm medo de serem mal interpretados com relação ao assunto que estão tratando. Outros afirmaram que a maior preocupação é com a reação dos pais, pois a tarefa de orientação sobre sexualidade nas escolas pode ser interpretada como uma forma de estimular a prática da atividade sexual, já que muitos pais acreditam que se os filhos estiverem desinformados não irão praticar tais atos.
Com a realização desse trabalho, objetivou-se transmitir informações cientificamente embasadas e capacitar os professores da rede municipal e agentes de saúde para orientar os alunos e a comunidade em geral quanto à sexualidade. Nas atividades de capacitação, foram realizadas dinâmicas de integração e motivação, tornando-as mais divertidas e descontraídas, procurando diminuir a percepção do sexo com um tabu da nossa sociedade e encorajando os professores e agentes a trabalharem tais assuntos em sala de aula e nos grupos de prevenção.
Nosso propósito fundamental foi estimulá-los para que busquem mais informações, indo além do que foi discutido nas capacitações, e que eles se motivem para levar esse assunto às salas de aula e aos grupos. Esperamos que o tema seja trabalhado da forma mais simples possível, porque isso fará com que os alunos compreendam e aceitem o sexo como algo normal. Esses profissionais foram incentivados a preparar seus ouvintes para trabalharem os assuntos que desejam, sempre tendo seriedade e, principalmente, confiança no que estão transmitindo.
Assim, orientou-se que, primeiramente, os educadores conversem com os pais e responsáveis dos adolescentes, deixando-os a par do que será conversado no processo de aprendizado destes temas, para que eles também estejam preparados para o caso de eventuais dúvidas e questionamentos dos filhos. Os assuntos trabalhados e os questionamentos podem contribuir para facilitar ou dificultar a comunicação entre o ambiente familiar e o ambiente escolar. Com isso, todas as atividades proporcionadas deverão ser sempre verdadeiras, claras, com linguagem adaptada à linguagem que os ouvintes (adolescentes) conhecem e usam e limitadas ao que é questionado.
Descritores: Educação em Saúde, Sexualidade, Capacitação
Eixo temático: Corpo, gênero, sexualidade e saúde
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